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terça-feira, 26 de junho de 2012

Reificação - Marxismo


“Se o homem não aparece como alguém que age e
fala, reconhece o mundo, reflete e opina acerda dele,
deixou de aparecer como cidadão”
“A reificação configura-se como o processo pela qual, nas sociedades industriais, o valor (do que quer que seja: pessoas, relações inter-humanas, objetos, instituições) vem apresentar-se à consciência dos homens como valor sobretudo econômico, valor de troca: tudo passa a contar, primariamente, como mercadoria. (...) O trabalho reificado não aparece por suas qualidades, trabalho concreto, mas como trabalho abstrato, trabalho para ser vendido. A sociedade que vive à custa desse mecanismo produz e reproduz, perpetua e apresenta relações sociais como relações entre coisas. O homem fica apagado, é mantido à sombra. Todo o tempo, fica prejudicada a consciência de que a relação entre mercadorias (e a relação entre cargos) é, antes de tudo, uma relação que prevalece sobre a relação entre pessoas”

Fernando Braga da Costa 

Da obra: Homens Invisíveis

Impressionante como Marx ao desenvolver a ideia de reificação disse algo que ele já vivia, mas que nós hoje vivemos no auge . O homem  se tornou apenas uma mercadoria. Um exemplo disso são os crimes bárbaros que temos notícia gerados por interesses mesquinhos. Outro bom exemplo da reificação está também diante dos nossos olhos: as relações de trabalho cada vez mais expropriando o trabalhador da riqueza que produz e reduzindo-o a uma mercadoria muitas vezes de valor inferior a produzida. A internet veio para reforçar esse conceito (reificação) na medida em que  se tornou veículo para a exposição desenfreada da intimidade de milhares de seres humanos (ou produtos?). Será que isso também marca as relações mais íntimas e pessoais? Será que estamos sempre sendo pesados numa balança de modo que se possa medir nosso valor de mercado? Não sei... e você o que pensa sobre esta redução das relações humanas?     


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